MARGARIDA DE FREITAS , ou Margarida de Oliveira
Nogueira, natural de Nossa Senhora das Neves(atual João Pessoa), Paraíba,
nascida no ano de 1652, filha de Manoel Nogueira Ferreira, colonizador e
fundador do Apodi, e de Maria de Oliveira Correia.
Margarida, hoje nome de rua, em Apodi e de Escola
Estadual em Portalegre, foi uma das primeiras colonizadoras dos sertões
apodienses em 1680. Era casada com o português Carlos Vidal Borromeu. Foi a
mulher que ficou muito conhecida na Ribeira do Apodi, pela grande quantidade de
terra que possuía na região, casada com o português Carlos Vidal Borromeu, que
veio morar em Portalegre na primeira metade do século XVIII.
Em 1752, adoeceu gravemente Margarida de Freitas, e seu
esposo, com o espirito de fé que caracteriza nossos antepassados, fez um voto
prometendo que a esposa se restabelecesse, ele construiria uma capela em honra
de Santa Ana. Obtida a graça, Carlos Barromeu Vidal cumpriu fielmente sua
esposa: doou duzentas braças de terra no local em que está situada a atual
cidade de Portalegre e edificou a capela, fazendo aquisição em Lisboa de uma
imagem de Santa Ana. Fez ainda doação de um sítio denominando Passagem Velha,
com gado para patrimônio da capela que mais tarde seria matriz;
Margarida de Freitas é, inegavelmente, a principal figura do
povoamento da Vila de Portalegre
Em quatro de junho de 1740, Margarida de Oliveira
Nogueira, que também aparece na documentação como Margarida de Freitas Nogueira
e Margarida de Freitas e sua irmã Antônia de Freitas, filhas de Manoel
Nogueira, requereram registro de uma carta de data e sesmaria na terra do
Apanha Peixe e do Boqueirão, na Ribeira do 18 Apodi, seguindo os passos do pai
como sesmeiras e posseiras dessa Ribeira. Margarida faleceu em sua fazenda ‘São
Lourenço’, em Apodi no dia 8 de julho de 1772.
FONTE:
Livro digital: Portalegre do Brasil – História e Desenvolvimento - 250 anos de
Fundação de Portalegre e Patronos Escolares, de Manoel Jácome de Lima e George
Veras